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sábado, 27 de outubro de 2012

VIVER PARA QUE? - Para que serve nossa vida?




VIVER?
PARA QUE?

     Nadamos, nadamos, nadamos e parece que vamos morrer na praia, feito peixes agonizantes.

     Essa sensação de impotência e de quase desespero está pegando pesado num número cada vez maior de pessoas de todas as idades, classes sociais, de muita ou pouca cultura.
   
     As perguntas:
     De que valeu o esforço?
     Para que tanto empenho, preocupações e sofrimento?

     Elas começam a soar na nossa cabeça, perturbando, desestruturando; e nos fazendo perder: o sono; a memória; a concentração; e para muitos: até o desejo de viver.

     Todo mundo, cada um do seu jeito, anda se queixando que está esgotado, e, que não agüenta mais levar essa “sofrida vida”, esse calvário, nem mais um dia.
    Esse estado de sentir-se é um coquetel de emoções: uma mistura de desalento, tristeza, angústia, ansiedade, insatisfação e medo.
Resumindo: frustração mal elaborada somada a um processo de neurastenia.
    Cansei!
    Não agüento mais!
    Chega!
    Basta!
    As perguntas a serem respondidas:
    E daí?
    Vais fazer o quê?

    Vistos de fora (ETs e Cia Ltda.), nós somos uma “koisa” muito engraçada:
   
    Quando espiamos a vida do outro, quando somos expectadores do sofrer dele, do seu fim do mundo, do seu não suporto mais!
    Ele é uma piada, até um bom motivo de chacota.
    E se tivéssemos coragem diríamos em alto e bom som:
    - Tá cansado de quê? Idiota!
    - Tá cansado de “encher o saco” dos outros? Trouxa!
    - Tá cansado de tentar controlar a vida das outras pessoas? Seu metido!
    - Tá cansado de sua vida inútil? Babaca!

    Na vida profissional a conversa é a mesma:
   
    -“Estou morrendo de tanto trabalhar e cada vez ganho menos!”.
    - “Ganhei uma nova função na empresa: mais trabalho e responsabilidade; mas, com o mesmo salário!”.
    - “Não suporto mais aquelas pessoas do meu trabalho, todas tão falsas!

    A relação entre pais e filhos também serve de exemplo:

    - “Prá quê serve você ficar sem dormir, sem comer, sem viver, se eu chego mais tarde, se não te dou satisfação do que faço, do que gosto ou do que quero?”. - Pensam muitos filhos, embora, sem a coragem necessária para verbalizar isso, para suas mães e pais. Então, brigam com seus botões: O que você tem a ver com isso? Eu sou eu e você é você!

    Ouçamos a outra parte, o não agüento mais dos pais:
   
     - Mas, meu filho! Que ingratidão! Tu és minha vida! Tudo que eu faço é para te agradar! Tudo que sofri para conquistar o que tenho só para deixar para você! Se soubesses um décimo do que passei para chegar aonde cheguei! Eu não quero, eu não admito que você passe pelas situações que passei para chegar onde estou! E você não dá valor a nada do que faço!

    Na vida em família baldes de lágrimas são derramados; todos os dias, acompanhados de muita chantagem emocional, tentativa de controle, suborno afetivo..., tudo em vão.
    Pois:
    Tudo vai cair no: não agüento mais!

    Maldita educação (quando deveria ser bendita se atualizada).
    Lamentavelmente fomos treinados a viver a vida dos outros, ignorando a nossa.
    E, desde que não haja envolvimento emocional, nem sentimento de posse; nós somos experts em achar soluções para as dificuldades de outrem.

    Para que serve minha vida?

   Namastê. 

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