UM GAME ETERNO

QUEM VAI ME FAZER FELIZ?

domingo, 31 de julho de 2011

BATE PAPO COM O CORPO – APAIXONA-TE POR TU




A voz do silêncio pode parecer; e não deixa de ser; um contrasenso linguístico; mas:
Ás vezes nada se fala mas tanto se diz.
Nossas células conversam entre si; claro que ás vezes há encrencas e discordância.
Exemplo, a célula cancerosa, egoísta e orgulhosa quer convencer as outras a se rebelarem e cria um mundo segundo suas concepções: o tumor cancerígeno, nossa marca registrada.

A cura do câncer e da solidão está na paixão e não nos remédios.

Podemos apaixonar nossas células pela vida – como fazemos uns com os outros quando estamos apaixonados: o olhar mais profundo, o abraço mais apertado, a admiração mais solícita expressa nos gestos.
Corrigindo nossa postura mental, emocional e afetiva curamos nossa existência – ajudamos a nos curar uns aos outros e saneamos Gaia.

Namastê.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

DESENCALHE




Antigamente as mulheres tinham mais medo de encalhar do que os homens – havia até taxa de desencalhe ou dote. Hoje nem tanto.
Os relacionamentos são mais flexíveis – sempre dá para “ficar” ou fazer um test drive, antes de assumir um compromisso mais efetivo.

Mas uma coisa que vale tanto hoje quanto valeu ontem:

Quem não joga a rede não pesca nada.

Na busca da cara metade, sabe-se lá quantas pessoas se cruzam por aí sem se encontrar. Falta de sorte? Nada disso: faz parte do jogo do amor.

O medo de ficar encalhado tanto para homens quanto para mulheres reforça a timidez social, um empecilho para que o indivíduo abra canais que favoreçam a paquera, a interação, a troca que é capaz de gerar experiências para ajudar no progredir.

O medo da solidão e de encalhar cria um círculo vicioso capaz de fazer com que as pessoas cometam desatinos amorosos de resolução que pode ultrapassar a existência.

Quem não arrisca não petisca diz o ditado; no entanto, o mínimo que se espera de um pescador é que saiba onde e quando vai lançar a rede sem se deixar levar pela expectativa; na contramão: acomodações afetivas prá lá de prematuras geram a carência, o conformismo que é um tipo de mofo existencial – ninguém merece a companhia de uma pessoa mofada – toc – toc...

Porém do outro lado da moeda, quem por medo ou preguiça, se conforma em aceitar logo de início relações afetivas inadequadas; merece o que vem como pacote de futuro: frustração e seus efeitos difíceis de reparar.

O medo de encalhar ou de ficar para titia ou titio leva muitas pessoas a se agarrar a um relacionamento que não tem a mínima condição de dar certo. A pessoa continua com aquele parceiro porque não vê ou não tem possibilidades de conseguir outro; no velho estilo: “melhor um pássaro na mão do que dois voando” – prá quem gosta de urubu é um prato cheio.

O temor de encalhar também leva a conflitos íntimos (com direito a revirar os zoinhos e suspiros) sobre as expectativas de encontrar a pessoa dos sonhos, a alma gêmea.

O medo do encalhe ao longo do tempo sempre envolveu, e continua, os interesses de muita gente.
Na relação familiar, numa primeira fase, os pais mais controladores tentam de todas as formas fazer uma triagem para “segurar as experiências amorosas dos filhos (claro que mais das filhas); para evitar certos relacionamentos que não atendem ás suas expectativas - mas, quando a possibilidade de encalhe é forte, principalmente em se tratando de mulher, fazem ao contrário; até tentam empurrar as filhas a qualquer preço para a primeira pessoa que se dispuser a “encará-las”, custe o que custar – estilo off – ou até pacote desencalhe.

O medo de continuar só e de não experimentar o presente dos deuses, o tão badalado orgasmo – faz com que a pessoa ao se aproximar da maturidade defronte-se com o terrível medo de contentar-se consigo mesma.

Brincadeiras á parte: o assunto é sério; pois a possibilidade de uma relação afetiva que se iniciou ou se manteve às custas do temor de encalhar deixar a desejar é grande.

Já que somos poucos dados a pensar é preciso proteção:
A legislação capaz de sustentar as relações afetivas na atualidade favorece as mulheres – os antigos caça dotes ficaram podados pela união com separação de bens. Claro que muitos espertos ainda vivem às custas da mulherada; seja das que herdaram dotes ou das que “ralam na vida profissional” para sustentar os que posam de sedutores.

Algumas mulheres bem espertinhas, quase sempre bem dotadas e apaixonáveis, descobriram o dote ao contrário, uma mina de ouro com os novos testes de paternidade. E essa mina de ouro tem nome (alguns estranhos, cheios de lls e ys); mas o que conta é o sobrenome paterno que traz junto a bolsa – pensão.
Essas são poucas – vários são os subtipos: maria chuteira, fãzocas, sobrinhas. A modalidade “sobrinha” embora não seja tão nova, é a que mais cresce; é muito comum atualmente na Europa – de repente desce do avião um tiozinho com ares de bem sucedido com uma sobrinha com ares de apaixonada pendurada no seu ombro – depois o fim da história é um verdadeiro conto de fadas: cidadania da comunidade e um monte de mordomias...

Mas na vida real a coisa é diferente; é mais em baixo.
Para a maioria das não muito bem dotadas, a vida continua sendo injusta; ás vezes para não encalhar hesitam em usar a Lei Maria da Penha e se submetem a uma vida sofrida para não ter um piti atrás do outro e precisar ouvir das más línguas: é falta! - ou até vivendo até de bolsa família prá sustentar a mulecada e o marmanjo.
Ô taxa de desencalhe que custa os olhos cara!

Claro que mesmo numa sociedade em que predominam mulheres ainda há muitos homens encalhados.
Mas esses são ás vezes vistos como esquisitos ou gente que tem problemas psicológicos, ás vezes nem tão complicados assim de resolver; apenas nunca haviam molhado o biscoito.

Realmente este nosso planeta é muito rico em diversidade; não é á toa que está cheio de ET bisbilhotando por aqui para nos copiar – exemplo: quando se trata de encalhe; enquanto algumas mulheres usam a mina de ouro do teste de DNA para comprovar a paternidade e receber a bolsa; outras se especializam em garimpar “jóias masculinas encalhadas” – segundo elas: melhor do que serra pelada.

Pior, é para quem já vinha navegando; e se deixou encalhar...
E á noite a maré sobe mais...

Coisas do destino; muito bem explicadas nas revistas temáticas e congêneres.

Quem tem a receita do desencalhe?
Com a palavra.

Namastê.

sábado, 23 de julho de 2011

RESGATES AFETIVOS




Impressiona como na vida contemporânea os relacionamentos respondem por boa parte das doenças; quando nossas relações afetivas deveriam atuar ao contrário: curando, harmonizando.

Meu bem meu mal.

Até com mais intensidade do que as outras, a qualidade da relação que envolve afetividade deixa a desejar.
Grande parte das relações torna-se ao longo dos anos desajustada e até doentia. As causas são quase as mesmas das relações incorretas, acrescidas da maior carga emocional capaz de potencializar as sensações que resultam da interação.

Alguns fatores colaboram para determinar-lhe a qualidade ou a falta dela:

Paixão:
A atração da energia sexual é decisiva na paixão. Na relação apaixonada a capacidade de discernir fica temporariamente comprometida. Esse tipo de atrativo é benéfico e natural, porém não duradouro. Para que a paixão se transforme em respeito e cuidados pela pessoa que se pretende amar é preciso um grau de maturidade emocional e afetiva que boa parte de nós ainda não atingiu, o que torna as relações inadequadas e até quase uma obsessão. Especialmente, quando envolve ciúmes ou algum tipo de dependência: financeira, psíquica, emocional.

Conquista:
A relação que mantém pelo desejo de submeter alguém aos nossos caprichos já começa incorreta, pois o conquistador costuma esconder suas reais intenções com subterfúgios e galanteios para atrair. Quase sempre quando consegue seu intento abandona as vítimas, criando vínculos complicados e sofridos.

Expectativas:
Ainda acreditamos na relação romantizada. De forma inconsciente tentamos usar os outros para alcançar a felicidade. Criamos expectativas e ilusões impossíveis de ser realizadas, pois nossa alma gêmea, até o momento, é utopia.

Pouca confiabilidade:
Na tentativa de agradar o outro, nós nos mascaramos com qualidades que ainda não temos e escondemos a falta delas. Na tentativa de atender às expectativas não usamos senso crítico. Nem se fala nos casos em que o objetivo é o de alcançar, por meio do outro, melhor posição social ou riqueza, pois nesse caso já existe a intenção de iludir para lucrar.

Exigências:
Ao depositar no outro a condição de ser feliz, passamos a cobrar dele a realização de nossas necessidades, nem sempre verbalizadas. Os desejos e exigências não são formulados de forma clara, e a falta de comunicação também torna cada vez mais remota a possibilidade de se sentir feliz.

Nem sempre o outro quer ou é capaz de satisfazer os nossos desejos, até porque suas próprias necessidades não estão satisfeitas, e forma-se um círculo vicioso de guerrilha emocional.

Insatisfação:
É nossa característica estar insatisfeito. A insatisfação é um impulso natural de progresso; apenas é preciso distinguir a negativa da positiva. A diferença entre elas é que a positiva reconhece e é agradecida ao que já conquistou, a outra não valoriza o já possui, apenas o que não tem ainda ou o que já perdeu.

A insatisfação na vida a dois tende a aumentar à medida que o tempo passa e a expectativa de desejos, exigências e necessidades não é satisfeita, quando nada se faz para tal.

A maioria fica alerta esperando uma oportunidade de reclamar, mas o medo de expor diretamente as exigências conduz a comunicação aos recados, às indiretas, ou por meio da crítica, das meias palavras. Esse tipo de relação e de comunicação cria mágoas e ressentimentos.

Mágoas e ressentimentos:
É comum esperar retribuição da satisfação que imaginamos dar aos outros, e até de coisas que não fomos capazes. Quando não recebemos o que achamos merecer, fechamos a cara, retrucamos a tudo, permanecemos armados à espera do ataque do outro, e até podemos agredir de forma defensiva.

Desejo de mudar o outro:
Parte da nossa energia e do tempo é gasta de forma inócua tentando ajustar a maneira de ser alheia aos nossos desejos e expectativas. Além de ser impossível, e um desrespeito que cria mais animosidade na relação, e no dia a dia, desencadeiam-se pequenas e grandes vinganças no relacionamento.

Recusa em assumir responsabilidade:
Nós pouco assumimos nossos enganos; é mais cômodo culpar o outro ou o destino. Quando somos obrigados costumamos apelar para a chantagem emocional e até adoecemos para atrair sentimentos de pena.

Guerrilha em família:
De menosprezo a ódio, de boicotes a traições; usamos todo tipo de retaliação para punir a causa da falta de felicidade. Quando não é possível atingir o outro, seja por qual motivo for, transferimos a vingança para algum familiar mais afinado com o inimigo, tanto faz que seja o sogro, a sogra ou até algum dos filhos.

Dica:

Começar uma relação segundo padrões mais adequados é mais fácil do que fazer uma revisão das já em andamento; em ambos os casos, o principal é melhorar a qualidade pessoal sem tentar interferir na forma de ser do outro. O amor entre as pessoas exige respeito. E o respeito ao outro não abre mão do respeito a nós mesmos.

Exercício:

É possível curar uma relação adoecida?
Sem dúvida.
Mas, em prevenir está a sabedoria.
Mesmo para quem ainda não vive uma relação que envolve compromisso afetivo, vale a pena tentar projetar as possibilidades de acontecimentos para evitá-los.

Qual a avaliação da qualidade das relações afetivas que já experimentei?
Defini meu papel?
Estou feliz comigo, com meu desempenho?

Na qualidade de seres interativos e interdependentes, a sanidade de nossas relações afetivas é fator de peso na busca da paz e da felicidade pessoal e coletiva.

Namastê.